O mês de setembro é marcado pela campanha Setembro Amarelo, voltada à conscientização e prevenção do suicídio. Entre os diversos fatores que impactam a saúde mental, a autoestima e a percepção da própria imagem corporal ganham destaque e é nesse ponto que a cirurgia plástica entra como uma aliada, mas também como um campo que exige cautela e responsabilidade.
Segundo o cirurgião plástico Dr. Hugo Sabath, da Clínica Líbria, a procura por procedimentos estéticos cresce a cada ano, e muitos pacientes chegam ao consultório movidos pelo desejo de melhorar a autoestima. Porém, é essencial diferenciar quando a cirurgia pode, de fato, contribuir para o bem-estar e quando há riscos ligados a questões emocionais não resolvidas.
“A cirurgia plástica pode ser transformadora quando realizada com indicação adequada, proporcionando melhora da autoconfiança e da qualidade de vida. Mas também pode ser um risco se o paciente apresenta expectativas irreais ou distorções da própria imagem. Por isso, a avaliação prévia é fundamental”, explica Dr. Sabath.
Autoestima e limites da cirurgia
Estudos mostram que a melhora da aparência pode impactar positivamente no bem-estar emocional, mas os resultados variam conforme a motivação individual. O cirurgião alerta que, em alguns casos, a procura pela cirurgia é reflexo de uma condição conhecida como transtorno dismórfico corporal (TDC), quando o paciente enxerga defeitos inexistentes ou desproporcionais.
“Se percebemos sinais de que a cirurgia não vai trazer equilíbrio, mas sim alimentar uma insatisfação crônica, é nosso dever orientar e até encaminhar o paciente para apoio psicológico antes de qualquer intervenção”, completa Dr. Sabath.
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