'Munch: Amor, Fantasmas e Vampiras' chega aos cinemas no dia 11 de dezembro - Joana D'arc

Destaque

25 novembro 2025

'Munch: Amor, Fantasmas e Vampiras' chega aos cinemas no dia 11 de dezembro

Com distribuição da Autoral Filmes, filme convida a refletir sobre a obra multifacetada do pintor norueguês, autor do quadro 'O Grito'

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"Munch: Amor, Fantasmas e Vampiras" - crédito: Autoral Filmes

A sociedade moderna tem uma enorme dívida com o pintor Edvard Munch: de Andy Warhol a Ingmar Bergman, de Marina Abramovic a Jasper Johns. Suas pinturas se tornaram símbolos, mas também um sinal das tragédias do século XX.

O documentário italiano "Munch: Amor, Fantasmas e Vampiras" ("Munch: Love, Ghosts and Lady Vampires"), de Michele Mally (de "Klimt & Schiele - Eros e Psique"), lança uma nova luz sobre o artista norueguês Edvard Munch (1863-1944). Com previsão de lançamento para o dia 11 de dezembro de 2025, o longa parte em busca das raízes e da identidade do pintor e nos convida a refletir sobre o tema central da obra do artista: sua ideia de "tempo". O filme tem distribuição da Autoral Filmes.

Nenhum artista no mundo é ao mesmo tempo tão famoso e tão desconhecido quanto Edvard Munch. Se o seu "O Grito" se tornou um ícone de nossa época, o restante de sua obra não alcançou a mesma notoriedade. Agora, porém, a capital norueguesa Oslo marca um ponto de virada no conhecimento sobre o artista: o museu MUNCH, inaugurado em outubro de 2021, é um espetacular arranha-céu projetado para abrigar o imenso legado que o artista deixou à sua cidade: 28 mil obras de arte, incluindo pinturas, gravuras, desenhos, cadernos, esboços, fotografias e seus experimentos com cinema.

O documentário "Munch: Amor, Fantasmas e Vampiras" busca lançar uma nova luz sobre Edvard Munch — um homem profundamente misterioso e fascinante, um precursor e mestre para todos que vieram depois dele. Munch escreveu: “Não pinto o que vejo, mas o que vi.” E, de fato, ele repetia seus temas, pintando e repintando as mesmas imagens e guardando-as em seu ateliê, lançando as bases para a produção dos múltiplos.

Seu conceito pessoal de "tempo" se reflete em um equilíbrio delicado e original entre passado e presente — uma ferramenta para viver a própria existência, uma ponte entre as dimensões do universo, permitindo o contato com o mundo dos fantasmas e espíritos. 

"Munch" começa na casa de Edvard Munch em Åsgårdstrand. Numa noite de inverno, diante da lareira, uma jovem — a atriz Ingrid Bolsø Berdal ("A Espiã"), que nos guia nessa jornada — lê para as crianças um conto popular norueguês. É o mundo do Grande Norte, onde os ventos falam, ursos carregam meninas em suas costas e trolls lançam feitiços. As crianças escutam encantadas, enquanto a neve cai e uma música distante aquece o coração.

A produção reúne depoimentos de artistas, curadores e historiadores da arte, como Jon-Ove Steihaug (chefe de exposições e coleções do MUNCH em Oslo), Giulia Bartrum (curadora do British Museum por décadas) e Frode Sandvik (curador do Kode, em Bergen), que analisam os temas, as obsessões, mas também as habilidades técnicas e os diversos meios que o artista utilizou.

A pesquisa de Munch sobre a alma humana, sua tentativa de traduzir emoções em tela ou papel, foi acompanhada por técnicas experimentais — o que torna suas obras, como explica a restauradora Linn Solheim, extremamente frágeis hoje.

Na tela, visitamos os lugares queridos por Munch: as florestas e praias de Åsgårdstrand; Vågå, com as montanhas de seus ancestrais paternos; a casa de pescadores em Warnemünde, na Alemanha; e a propriedade de Ekely, perto de Oslo, onde viveu os últimos trinta anos, sozinho com seu cavalo Rousseau e seus cães, ocasionalmente visitado por jovens modelos. Lá, voltava repetidamente aos mesmos temas, numa espécie de repetição compulsiva.

Nos autorretratos da velhice de Munch, seus olhos refletem a história do início do século XX, as vibrações do éter das novas descobertas científicas eletromagnéticas e as ambíguas relações de amor e dor que marcaram sua vida.

Ainda assim — como sugerem os historiadores da arte Elio Grazioli e Øivind Lorentz Storm Bjerke —, é justamente nessa repetição contínua e nos experimentos visuais com filme e fotografia que encontramos a chave para entrar no Tempo de Munch. O que permanece é uma busca por salvação, uma abertura para os espíritos, para os fantasmas que nos cercam, "com moléculas leves e intangíveis"

 

Serviço

"Munch: Amor, Fantasmas e Vampiras" ("Munch: Love, Ghosts and Lady Vampires"), de Michele Mally

Estreia nos cinemas brasileiros dia 11 de dezembro de 2025

País: Itália | Gênero: Documentário biográfico | Duração: 90min

Verifique a classificação indicativa

Praças de exibição: @autoral_filmes

 

Créditos

Direção: Michele Mally

Roteiro original: Michele Mally

Roteiro: Arianna Marelli e Michele Mally

Produtora executiva: Gloria Bogi

Montagem: Stefania Calatroni

Cenografia: Marco Alfieri

Direção de fotografia: Mateusz Stolecki

Produzido por: Didi Gnocchi para 3D Produzioni e Franco Di Sarro para Nexo Digital

Narração: Ingrid Bolsø Berdal

Elenco: Leif Ove Andsnes (pianista), Giulia Bartrum (historiadora da arte), Øivind Lorentz Storm Bjerke (historiador da arte), Elio Grazioli (historiador da arte), Stein Olav Henrichsen (diretor do MUNCH, Oslo), Erik Höök (diretor do Strindbergsmuseet, Estocolmo), Iver Kleive (compositor), Siri Kval Ødegård (soprano e empreendedora), Carl-Johan Olsson (curador de pintura do século XIX, Nationalmuseum, Estocolmo), Sue Prideaux (escritora e biógrafa), Frode Sandvik (curador do Kode, Bergen), Linn Solheim (restauradora de pinturas), Jon-Ove Steihaug (chefe de exposições e coleções, MUNCH, Oslo) e Gunnhild Øyehaug (escritora).

 

Sinopse

Nenhum artista no mundo é mais famoso e, ao mesmo tempo, menos conhecido do que Edvard Munch. Se seu "O Grito" se tornou um ícone de nossa época, o restante de sua obra não é tão famoso. Agora, Oslo, capital da Noruega, marca um ponto de virada em nosso conhecimento sobre o artista: o Museu MUNCH, inaugurado em outubro de 2021. Trata-se de um arranha-céu espetacular projetado para abrigar o imenso legado que o artista deixou para sua cidade: 28.000 obras de arte, incluindo pinturas, gravuras, desenhos, cadernos, esboços, fotografias e seus experimentos com cinema. Esse legado extraordinário nos proporciona uma visão excepcional da mente, das paixões e da arte desse gênio do Norte. Narrado por Ingrid Bolsø Berdal.

 

Sobre a Autoral Filmes

A Autoral Filmes, fundada no início de 2025, teve sua origem através dos sócios do Paradigma Cine Arte, Felipe Didoné e sua mãe, Marize Didoné, que desde 2010 mantém a sala de cinema que é uma instituição cultural em Florianópolis (SC).

A Distribuidora vem do desejo dos sócios de ampliar as atividades no mercado do cinema, replicando na distribuição o mesmo conceito de filmes independentes e de arte que formam seu conceito na exibição.

Como seu nome deixa claro, a Autoral Filmes terá seu foco no cinema de autor e em documentários de arte, focando em produções escolhidas a dedo, tanto nacionais como estrangeiras, prezando sempre a alta qualidade dos filmes.

Para Felipe Didoné, diretor da distribuidora, "a Autoral Filmes é a realização de um sonho, de expandir os horizontes para além da distribuição, mantendo a curadoria elegante que sempre foi o diferencial do Paradigma Cine Arte".

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