Índice Glicêmico ganha força no esporte e vira aliado na prevenção do diabetes

Entenda por que o IG tem atraído a atenção de atletas amadores

O acompanhamento do Índice Glicêmico (IG) vem ganhando espaço entre corredores e praticantes de atividade física, que passaram a enxergar essa medida como uma aliada tanto na prevenção e no controle do diabetes quanto na melhora do desempenho esportivo. Tornou-se cada vez mais comum ver atletas amadores utilizando sensores de glicose durante treinos — mesmo aqueles que não têm diagnóstico de diabetes. Mas por que esse movimento tem crescido? O IG classifica os carboidratos de acordo com a velocidade com que elevam a glicemia no sangue, sendo um parâmetro essencial para quem busca manter níveis de energia estáveis, controlar o peso e prevenir doenças crônicas, como o diabetes. Com o aumento significativo de casos de diabetes tipo 2 — inclusive entre pessoas fisicamente ativas — compreender como a alimentação impacta a glicose se tornou ainda mais relevante. O monitoramento da glicose durante as atividades ajuda os praticantes de atividade física a entenderem, em tempo real, como o corpo responde ao exercício e ao consumo de carboidratos. Permite identificar quedas ou picos de glicemia durante o treino, ajustar a alimentação para evitar perda de energia, escolher melhor os carboidratos de pré e pós-treino e personalizar a estratégia de suplementação, garantindo desempenho mais estável e prevenindo episódios de hipoglicemia. O tipo de carboidrato ingerido antes, durante e após os treinos influencia diretamente disposição, foco e recuperação muscular. Alimentos de alto IG provocam elevações rápidas de glicose seguidas de quedas acentuadas, o que pode gerar fome precoce, fadiga e maior acúmulo de gordura. Já os alimentos de baixo IG são absorvidos mais lentamente, proporcionando saciedade prolongada, energia constante e melhor controle metabólico. “Com a crescente conscientização sobre saúde e bem-estar, compreender o Índice Glicêmico se torna um passo importante para uma alimentação mais inteligente e alinhada às necessidades individuais. Quando conseguimos manter níveis mais estáveis de glicose durante os treinos, favorecemos o bom funcionamento do metabolismo e reduzimos o risco de desenvolver diabetes tipo 2”, explica Geovanna Orlando, nutricionista da Lowçucar. A nutricionista reforça, porém, a necessidade de uma alimentação equilibrada associada a este manejo. “Embora seja uma ferramenta útil, é essencial lembrar que fibras, proteínas, gorduras e o equilíbrio entre eles também moldam a resposta glicêmica do organismo”, reforça Geovanna Orlando.