Entre as estratégias mais eficazes de prevenção e cuidado, a prática regular de atividades físicas, como caminhadas, exercícios aeróbicos e programas supervisionados, vem se consolidando como uma importante ferramenta de autocuidado e promoção do bem-estar mental.
Uma pesquisa desenvolvida por especialistas do Hospital Israelita Albert Einstein, publicada no Journal of Affective Disorders, analisou dados de 58.445 brasileiros coletados entre 2008 e 2022. O estudo comparou o nível de atividade física com a presença de sintomas de depressão e revelou que os participantes mais ativos apresentaram menor risco de desenvolver a doença.
“A prática de atividades físicas contribui de forma significativa para a saúde mental, pois estimula no cérebro a sensação de bem-estar, melhora o humor e reduz a ansiedade, gerando o que chamamos de efeito de enfrentamento aos sintomas depressivos”, explica Fernanda Martins, profissional de Educação Física e especialista em Saúde Pública.
Segundo a profissional, o exercício físico melhora a regulação do estresse, o sono e a função cognitiva, além de alterar positivamente neurotransmissores e circuitos de recompensa, reduzir a inflamação sistêmica e estimular conexões sociais — fatores essenciais para a prevenção e recuperação de transtornos mentais e do uso de drogas.
“Acreditamos que o estímulo à prática de exercícios físicos é fundamental na rotina dos pacientes, inclusive no tratamento contra a dependência química, pois ajuda a reduzir a fissura pelo uso de drogas, funcionando como uma ferramenta complementar ao tratamento medicamentoso”, conclui Fernanda.
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