Nutricionista reforça a importância da amamentação para o desenvolvimento do bebê e a saúde da mãe
Muito além de nutrir, o aleitamento materno é um ato profundo de cuidado, conexão e proteção. Reconhecido por órgãos como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde como o alimento mais completo nos primeiros meses de vida, o leite materno é uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento infantil e para a saúde materna.
De acordo com a nutricionista Andrezza Botelho, o leite materno oferece tudo o que o bebê precisa nos primeiros seis meses: “É um alimento vivo, com composição ideal de proteínas, gorduras boas, vitaminas, minerais e anticorpos que fortalecem o sistema imunológico do bebê, protegendo-o contra infecções respiratórias, diarreias e outras doenças”.
As recomendações oficiais indicam o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida — sem a oferta de água, chás ou outros alimentos nesse período. Após essa fase, inicia-se a introdução alimentar, mas a amamentação deve continuar até os dois anos ou mais, como complemento nutricional e imunológico.
Andrezza também destaca que os benefícios da amamentação vão além da nutrição. “O leite materno está diretamente ligado ao desenvolvimento cognitivo e emocional da criança, especialmente nos primeiros mil dias de vida, que são determinantes para a saúde futura. É uma base sólida para a formação física, neurológica e afetiva.”
Para a mãe, os benefícios também são comprovados. A amamentação auxilia na recuperação pós-parto, estimula hormônios como a ocitocina e a prolactina — que ajudam na contração do útero e fortalecem o vínculo com o bebê — e está associada à redução do risco de doenças como câncer de mama, câncer de ovário e diabetes tipo 2.
A discussão ganha ainda mais relevância no mês de agosto, conhecido como Agosto Dourado, uma campanha dedicada à promoção do aleitamento materno. “O dourado representa o padrão ouro do leite materno. É um momento importante para reforçar o papel da sociedade no apoio às mães que amamentam, respeitando suas decisões e necessidades”, afirma a nutricionista.
Andrezza lembra que o processo nem sempre é simples e pode envolver desafios como pega incorreta, dor, baixa produção de leite e exaustão emocional. “Por isso, é fundamental que essas mulheres recebam apoio e orientação de profissionais de saúde, da família e da comunidade. Acolher sem julgamento e respeitar o tempo de cada mãe faz toda a diferença.”
Mais do que uma escolha individual, o aleitamento materno é uma estratégia de saúde pública. Um gesto que protege, fortalece e conecta — mãe, bebê e toda uma geração.
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