Obra resgata a origem sagrada do cocar em história encantada com raízes indígenas - Joana D'arc

Destaque

24 junho 2025

Obra resgata a origem sagrada do cocar em história encantada com raízes indígenas

De autoria de Auritha Tabajara, primeira mulher indígena a publicar livros de cordel no Brasil, Arara-Açu


São Paulo, junho de 2025 – Lançamento da Editora Mostarda na 21ª edição da Bienal do Livro Rio, que encerrou ontem (22/06), no Riocentro (RJ), o livro Arara-Açu, da escritora e contadora de histórias Auritha Tabajara, resgata a memória ancestral do povo Tabajara e mergulha na simbologia sagrada do cocar indígena. Primeira mulher indígena a publicar livros de cordel no Brasil, Auritha dá voz a saberes transmitidos por sua avó e reafirma, por meio da literatura, a força da oralidade e da resistência cultural.


No centro da narrativa está a Arara-Açu, uma ave encantada, guardiã das cores e dos segredos do tempo. Com suas penas vivas — de céu, sol e floresta —, ela conduz os leitores à origem espiritual do cocar, símbolo que vai além da estética: representa sabedoria, ancestralidade, conquistas e conexão com o espírito da mata.


“Desde criança aprendi que cada pena carrega uma história. O cocar não é só beleza — é resistência, memória e espiritualidade. Ele é um elo entre os mundos”, afirma a autora.


Publicada em edições bilíngues (com traduções já em inglês e alemão), a obra convida leitores de todas as idades a refletirem sobre a importância de respeitar as tradições indígenas e reconhecer o valor dos símbolos originários.


Mais que uma história para crianças, Arara-Açu é um chamado à empatia, ao respeito e à escuta dos saberes da terra. “Cada povo tem uma forma única de ver o mundo. Ao conhecer essas histórias, nos tornamos também guardiões do equilíbrio e da diversidade”, conclui Auritha.


Arara-Açu: Quando a arara voa, todo mundo fica ali olhando o espetáculo que é. Um dia, um curumim curioso correu atrás de uma arara e perguntou seu nome. E assim, a partir da curiosidade desse curumim e de sua vontade de ver a alegria de sua aldeia, hoje sabemos a origem do cocar indígena para os povos Tabajara.

 

TÍTULO: A Arara-Açu: a origem do cocar

AUTORA: Auritha Tabajara

ILUSTRADORA: Sabrina Mascarenhas

GÊNERO: Ficção

IDADE: A partir de 6 anos

FORMATO E PAGINAÇÃO: 16 x 23 – 32 páginas

ACABAMENTO: Brochura – 4 x 4 (colorido)

PREÇO: R$ 54,90

 

Sobre a autora

Auritha Tabajara nasceu em Ipueiras, Ceará. É escritora e contadora de histórias, autora de Arara-Açu. Dentro do seu repertório, têm destaque os contos que remetem às tradições do povo Tabajara, feito de conhecimentos transmitidos por sua avó. O nome Auritha significa pedra de luz. Auritha é a primeira mulher indígena a publicar livros de cordel no Brasil. Seus escritos foram publicados em inglês e alemão.


Sobre a Editora Mostarda

Fundada em 2018 pela segunda geração de uma família dedicada aos livros, a Editora Mostarda nasce com o nome e com o propósito de uma pequena semente que se transforma na maior das hortaliças. Inclusiva e diversa, a Editora Mostarda entende que seu papel é germinar histórias e responsabilidades sociorraciais e socioambientais, sobretudo entre crianças e adolescentes.

 

Não por acaso, compõem seu portfólio biografias de personalidades pretas de todos os tempos na jovem e já aclamada Coleção Black Power, indígenas notáveis da atualidade na Coleção Kariri, mulheres inspiradoras na Coleção Meninas Sonhadoras, Mulheres Cientistas. Além das tramas ficcionais presentes nas demais obras, como O Jardim de Marielle.

 

Com livros em braile (inclusive com ilustrações) e em fontes ampliadas, a intenção da Mostarda é ser uma grande e importante difusora do livro e que, nessa trajetória, seja possível mudar a vida das pessoas, agregando conhecimento e quebrando barreiras e preconceitos.


Acesse: https://www.editoramostarda.com.br/

Redes sociais: @editoramostarda        


Nenhum comentário:

Postar um comentário