10 mitos e verdades sobre varizes: o que você precisa saber antes do inverno - Joana D'arc

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23 maio 2025

10 mitos e verdades sobre varizes: o que você precisa saber antes do inverno

 

Presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular esclarece as principais dúvidas e alerta para o momento ideal de buscar tratamento
 

Com a chegada dos meses com temperaturas mais amenas, cresce a procura por tratamentos vasculares, especialmente entre as mulheres. O frio é considerado o período ideal para tratar as varizes, condição que afeta cerca de 30% da população adulta brasileira, segundo dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Mas junto com o aumento na busca por soluções, também circulam muitas dúvidas e mitos sobre o tema.
 

Divulgação Freepik

“O outono e o inverno são as estações mais indicadas para o tratamento das varizes porque o calor piora os sintomas e pode interferir na recuperação”, explica o Dr. Armando Lobato, presidente da SBACV. “A menor exposição ao sol e as temperaturas mais baixas também ajudam a evitar manchas, inflamações e favorecem o uso da meia elástica no pós-tratamento.”
 

Divulgação Dr Armando Lobato - Presidente da SBACV

A seguir, o especialista esclarece os principais mitos e verdades sobre varizes e destaca a importância de buscar informação de qualidade:
 

Mito ou verdade?
 

Varizes são apenas um problema estético
Mito. Embora causem incômodo visual, varizes são uma doença vascular crônica. Elas indicam mau funcionamento das veias e, quando não tratadas, podem evoluir para quadros mais graves, como úlceras, trombose e até embolia pulmonar.
 

A gestação aumenta o risco de varizes
Verdade. O aumento do volume sanguíneo e alterações hormonais durante a gravidez favorecem o aparecimento de varizes. Além disso, o peso do útero pode comprimir as veias da pelve, dificultando o retorno venoso das pernas
.

Cruzamento de pernas causa varizes
Mito. Apesar da crença popular, cruzar as pernas não causa varizes. A origem está mais ligada a fatores genéticos, hormonais e à má circulação.
 

Homens também têm varizes, mas procuram menos tratamento
Verdade. Embora a condição seja mais prevalente em mulheres, estima-se que até 20% dos homens também convivam com varizes, mas culturalmente demoram mais para buscar atendimento.
 

Cremes e medicamentos eliminam varizes
Mito. Cremes podem aliviar sintomas, mas não eliminam as veias dilatadas. O tratamento definitivo passa por métodos como escleroterapia, laser, radiofrequência ou cirurgia, conforme avaliação médica.
 

Exercícios físicos previnem varizes
Verdade. A prática regular de atividades como caminhada, musculação ou pilates fortalece a musculatura da panturrilha — conhecida como o “coração das pernas” — e melhora o retorno venoso.
 

Usar salto alto causa varizes

Mito. O salto alto por si só não causa varizes, mas seu uso frequente pode prejudicar a circulação por limitar o movimento natural da panturrilha, o que pode agravar sintomas em quem já tem predisposição.

 

Varizes voltam mesmo depois da cirurgia

Verdade. O tratamento elimina as veias doentes, mas não impede que outras veias se tornem varicosas com o tempo, especialmente se os fatores de risco persistirem (genética, obesidade, sedentarismo, etc.).
 

Pessoas jovens não têm varizes

Mito. Embora mais comum em pessoas acima dos 35 anos, jovens também podem apresentar varizes, especialmente se houver histórico familiar ou fatores de risco como sedentarismo e uso de anticoncepcionais.
 

Sentar ou ficar em pé por muitas horas causa varizes

Verdade. A permanência prolongada em uma única posição dificulta o retorno venoso e pode agravar a pressão nas veias das pernas. Alternar posições e movimentar-se regularmente ajuda na prevenção.
 

Quando procurar um especialista?

Segundo a SBACV, sinais como dor nas pernas, inchaço, sensação de peso, queimação ou coceira ao final do dia, veias saltadas e escurecimento da pele podem indicar problemas circulatórios. O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações.
 

“O ideal é não esperar as varizes piorarem. Avaliações de rotina com angiologistas ou cirurgiões vasculares ajudam a controlar a evolução da doença com mais segurança e qualidade de vida”, reforça o presidente da SBACV.

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