
Era uma noite como qualquer outra na casa de Sofia, uma casa antiga, mas cheia de charme. O som da madeira rangendo era algo comum, mas naquela noite, tudo estava estranho. Sofia sentia um frio inexplicável, mesmo com todas as janelas fechadas.
Por volta da meia-noite, ela ouviu um barulho no andar de cima. Parecia que algo pesado havia caído. Subiu as escadas devagar, o coração batendo acelerado. Ao abrir a porta do quarto de hóspedes, encontrou as cadeiras viradas, os quadros caídos, e a cama afastada do lugar.
Sofia tentava racionalizar, talvez uma corrente de ar? Mas não havia vento. Quando ela se aproximou para recolocar as cadeiras no lugar, ouviu um sussurro atrás de si, suave, quase inaudível, mas inegavelmente real.
Ela congelou, o sussurro repetiu, dessa vez mais forte, chamando seu nome. Sofia virou-se rapidamente, mas não havia ninguém. De repente, todos os objetos do quarto começaram a se mover sozinhos. As cadeiras se arrastaram para o centro do quarto, as portas bateram com força, e o espelho na parede se quebrou sozinho.
Sofia, em pânico, correu para a porta, mas esta bateu com força, trancando-a no quarto. O quarto estava envolto em uma energia pesada e opressiva, e o medo tomou conta. Foi então que ela viu, no canto do quarto, uma figura nebulosa, uma sombra escura que parecia ganhar forma.
A figura se aproximou lentamente, e quando Sofia achava que o pior estava para acontecer, tudo parou. A sombra desapareceu, as cadeiras voltaram ao lugar, e a porta se abriu sozinha. Ela correu para fora do quarto, o coração disparado, e nunca mais entrou naquele quarto à noite.
Desde aquele dia, Sofia evitava a casa à noite, mas o que ela nunca contou a ninguém é que, todas as noites, à meia-noite, ela ainda ouvia o sussurro do seu nome vindo do andar de cima. Um lembrete silencioso de que, naquela casa, ela nunca estava realmente sozinha.
Nenhum comentário:
Postar um comentário