O procedimento médico de peeling de fenol viralizou na internet esta semana, após uma paciente compartilhar nas redes sociais o processo agressivo que a pele passa antes do resultado final. Contado como surpreendente, inacreditável e até mesmo emocionante, o método carrega um grande alerta vermelho sobre os principais riscos em que o paciente irá se submeter para se livrar das rugas.
“O peeling é o ato de fazer a renovação celular e existem diversos tipos, como o mecânico, elétrico, ultrassônico, físico, enzimático e químico”, explica a esteticista dermaticista, Patrícia Elias. “O peeling químico de fenol gera uma queimadura na pele, levando a morte das células presente na epiderme ocasionando coagulação, ou seja, a degradação da queratina, proteína da pele, deixando-a desidratada e consequentemente escurecendo e gerando uma intensa descamação. Por isso é imprescindível que apenas um médico faça essa aplicação”.
Os problemas consequentes da aplicação do peeling de fenol podem ser observados durante ou após o procedimento. Além de infecções, manchas e queloides, o método é tão delicado que o paciente precisa de anestesia e acompanhamento cardíaco para evitar arritmia. “O peeling de fenol destrói a epiderme, chegando no início da derme, o que causa uma queimadura de segundo grau. De uma forma geral, o peeling melhora hipercromias na pele, estimula a firmeza, melhora cicatrizes, mas não é apenas o fenol que faz isso. Existem outras técnicas que não são tão agressivas”, aponta Patrícia.
Na área da estética são trabalhados alguns tipos de peeling, como por exemplo:
Mandélico: o ácido mandélico é um produto utilizado para eliminar rugas e linhas de expressão. Aplicado diretamente no rosto, ele é indicado para ser usado em forma de creme, óleo ou sérum.
Glicólico: o ácido glicólico atua na diminuição da espessura da pele. Ele possui efeito de esfoliação, ocasionando o clareamento de manchas, cicatrizes e acne, por exemplo. Ele também estimula a síntese de colágeno a fim de rever e prevenir o envelhecimento.
Lático: estimula a produção de colágeno, ajuda na limpeza dos poros e remove a pele morta sem provocar irritação. É um grande aliado da pele mista e da pele sensível.
Mas, então, o que difere o peeling químico cirúrgico do peeling estético não cirúrgico? De acordo com Patrícia, a resposta está no pH, que torna um ácido muito mais queratolítico, ou seja, agressivo. “Na estética, trabalhamos com pH 3,5 enquanto os médicos podem trabalhar entre 1 e 2 ou seja, quanto mais baixo o pH mais arriscada a realização do procedimento”.
No entanto, o método, se aplicado corretamente, é seguro. Profissionais da área garantem que ao procurar um especialista de confiança, o procedimento pode não causar dor de cabeça, além dos cuidados minuciosos durante a pós aplicação. “Ainda assim, nem todas as pessoas podem seguir com o fenol como opção. Casos de rosácea, melasma, acne, gestantes e pessoas com pressão alta devem buscar outros meios”, alerta a esteticista.
Patrícia Elias
Instagram: @esteticapatriciaelias
YouTube: Patrícia Elias – Saúde & Estética
Loja Virtual: https://patriciaelias.com.br/
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