Com essa leitura de fôlego (são 880 páginas!), Sloterdijk questiona as visões convencionais sobre a globalização, mostrando que todas as manifestações anteriores padecem de miopia.
Para ele, a globalização tem início com os gregos, entre os quais a totalidade do cosmo é representada pela figura da esfera. A esfera também está na base das concepções de ordem dos impérios pré-modernos. Com o descobrimento da América e as primeiras circum-navegações do mundo, a esfera é substituída pelo globo. Na atualidade, essa segunda globalização é sucedida por uma terceira, visto que a virtualidade geral de todas as relações leva a uma crise de espaço.
Peter Sloterdijk, vem renovando substancialmente o pensamento contemporâneo graças a suas análises iconoclastas sobre a exaustão dos modelos tradicionais tanto na reflexão filosófica quanto nos processos políticos. Autor de "Crítica da razão cínica" (Estação Liberdade, 2012), que obteve ampla repercussão, tornando-se o livro de filosofia mais vendido na Alemanha do pós-guerra, é conhecido por seu estilo ensaístico e provocador. Lecionou em Frankfurt e Viena, foi reitor da Escola Superior de Artes Aplicadas de Karlsruhe e apresentou, entre 2002 e 2012, o programa de TV O Quarteto Filosófico. No Brasil, Sloterdijk também publicou “No mesmo barco”, “Regras para o parque humano”, “O desprezo das massas”, “Ira e tempo”, “Esferas I: Bolhas” e “Fazendo o céu falar: sobre teopoesia”, todos pela Editora Estação Liberdade.
O título é um dos lançamentos mais aguardados pelo público leitor de filosofia, especialmente por aqueles que acompanham a trilogia "Esferas".
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