Imóvel no campo ou na praia: qual é a melhor escolha estratégica? - Joana D'arc

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02 outubro 2025

Imóvel no campo ou na praia: qual é a melhor escolha estratégica?


A busca por imóveis fora dos grandes centros urbanos cresceu nos últimos anos, impulsionada tanto pelo desejo de qualidade de vida quanto pela diversificação de investimentos. Mas, diante desse cenário, surge a dúvida: vale mais a pena investir em um imóvel no campo ou na praia?

Segundo especialistas, a resposta depende do perfil do comprador e de seus objetivos. “Mais do que pensar apenas no valor de aquisição, é preciso avaliar liquidez, valorização futura e custos de manutenção de cada tipo de imóvel”, afirma Patrick Romann, arquiteto e CEO da Rocha Real, com atuação em Ubatuba, litoral norte de São Paulo.

Imóveis em regiões litorâneas costumam ter alta procura em feriados, férias e datas especiais, o que garante bom potencial de valorização e renda com aluguel por temporada. Cidades turísticas consolidadas também oferecem infraestrutura que atrai compradores e investidores. Por outro lado, a manutenção tende a ser mais cara, especialmente em casas e apartamentos em andares baixos: maresia e umidade aceleram a necessidade de reparos, elevando o custo de preservação do patrimônio. “Já apartamentos a partir do 3º andar oferecem mais benefícios, como menos umidade e até a menor incidência de menos insetos, como mosquitos”, explica Romann.

Já as propriedades rurais, chácaras e casas em áreas de serra ou campo ganharam força com o avanço do trabalho remoto. O campo oferece tranquilidade, contato com a natureza e, muitas vezes, áreas maiores por valores mais competitivos. Além disso, há o apelo da sustentabilidade: imóveis com espaço para hortas, energia solar e maior privacidade estão em linha com tendências de bem-estar. A liquidez, no entanto, costuma ser menor do que a de imóveis em regiões de praia muito valorizadas.

Levando em consideração os pontos acima, a decisão deve considerar três pontos principais:

  1. Liquidez: imóveis em destinos de praia consolidados costumam vender mais rápido;
  2. Valorização: áreas rurais próximas a grandes centros ou rotas turísticas podem oferecer grande potencial de crescimento nos próximos anos;
  3. Custo e manutenção: a praia exige mais manutenção; o campo demanda menos, mas pode ter gastos com alta infraestrutura.

“A praia se destaca pela liquidez e pela renda com aluguel de temporada. Mas o investidor deve avaliar se busca qualidade de vida, diversificação patrimonial ou geração de receita”, aponta Romann. “Tanto campo quanto praia podem ser bons investimentos, desde que alinhados ao perfil e à estratégia do comprador”, conclui.

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