Assim que a Nintendo foi clonada no Brasil no final dos anos 80 e início dos anos 90

No final dos anos 80 o Brasil começava a receber diversos clones de Nintendo 8-bits, os conhecidos famiclones que, na época, chamávamos apenas de Nintendinho.

Foram muitas empresas que criaram sua própria verão do 8-bits da Nintendo, entre elas a Dynacom com o Dynavision 2, a Gradiente com o Phantom System, a CCE com o Top Game e o Turbo Game, a Milmar com o Hi-Top Game, a Dismac com o Bit System e alguns outros.

No caso da Dismac o clone ia além, pois entre todos os lançados por aqui no Brasil entre o final dos anos 80 e início dos anos 90 o Bit System era o único que até a aparência lembrava o videogame original. Junto com o console a empresa também lançou acessórios como a pistola e o controle sem fio, ambos vendidos separadamente.

De acordo com Daniel Iajuc, ex-técnico que trabalhou na assistência da Dismac na época, o Bit System vinha de fora, mas passava por uma série de ajustes antes de ser colocado nas prateleiras dos grandes magazines. Os manuais eram traduzidos e os jogos amplamente testados.

Em uma entrevista inédita para o projeto "WarpZone Para..." esses e outros detalhes são revelados, como por exemplo o quase lançamento oficial do Commodore 64 no Brasil. Confira essa entrevista completa aqui:

"Registrar esse período da história dos videogames no Brasil tem uma importância enorme, não podemos deixar isso ser esquecido " disse Cleber Marques, idealizador do projeto e criador da WarpZone.

"Recebemos na oficina um garoto que ficou quase um mês aprendendo tudo sobre o Bit System, era para a gravação de uma propaganda de TV, que hoje em dia pode ser considerada Lost Media", completou Daniel.

Essa entrevista é um conteúdo adicional ao livro Definitivo Clones, lançado pela WarpZone em 2023 que conta a história de todos os famiclones lançados no Brasil, com destaque especial para as empresas mais famosas na época. Um material imperdível.