A Revolução Reggaecore Está Entre Nós

Prepare-se para um som que não pede licença. Com o álbum Monument, a banda Aurorawave quebra barreiras entre reggae, hardcore e metal, criando uma experiência sonora que soa como uma briga de bar numa praia da Jamaica — e isso é um elogio. Com colaborações de peso e uma produção afiada, Monument não é só um disco, é um manifesto musical que te convida pra dançar, gritar e pensar — tudo ao mesmo tempo. Bora mergulhar faixa por faixa?

1. Judge Me (feat. Aaron Gillespie – Underoath)

Começa com um peso emocional moderno e bateria marcante, graças a Gillespie. A fusão de reggaecore brilha, criando um início impactante.

2. Wave Sht*

Groove reggae na veia, com guitarras pesadas encaixadas sob riffs arrastados. Mentalize uma batida que gruda e faz a cabeça balançar.

3. Suffocate (feat. Kumar Fyah)

Uma balada mais leve no meio metálico. A voz do Kumar Fyah traz um sopro de esperança, com mensagem positiva: "afaste os negativos e seja você" .

4. Tibetan Sky Burial (feat. Frankie Palmeri – Emmure)

Brutal. A voz gutural do Palmeri adiciona tensão, enquanto as raízes reggae empatam com melodias obscuras.

5. Turn The Page

Som mais seco e direto, sem artista convidado. Guitarras e bateria reforçam o reggaecore puro — talvez álbum inteira já vale só por essa batida.

6. Seize The Day (feat. The Movement)

Clique de mãos ao fundo, clima de festival. A vibe é leve, celebrando a vida com pegada positiva.

7. Villain

O single mais bruto até agora — cheia de breakdowns e solos "in your face". A letra questiona heróis e vilões: “todo mundo quer ser vítima/ você quer ser herói? precisa de um vilão” .

8. Throwing Shade (feat. Jesse Royal)

Reggae puro dominado por Royal. A mensagem é “chega de indiretas”, com linhas vocais descontraídas e guitarra leve.

9. Never Gonna Stop Us (feat. Ekoh)

Energia contagiante. O tom é de união, o verso cravado: ninguém vai nos parar.

10. Welcome To Your Nightmare (feat. Left To Suffer)

A faixa mais extremista e sombria — breakdowns intensos, vocal gutural e riffs pesados. Reggaecore levanta peso.

11. Keep The Faith

Fecha com clima esperançoso. Meio reggae, meio rock — perfeito para encerrar o álbum com boas vibrações.

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• Ponto forte: A mistura reggaecore está mais convincente do que nunca – grávida de atitude sem parecer forçada .

• Convidados: Excelentes escolhas. Cada colaboração traz textura nova, sem soar decorativa.

• Fluidez: O álbum flui bem, alternando entre faixas pesadas e leves sem quebrar a vibe.

• Potencial: Se ao vivo forem tão intensos quanto parecem no disco, vai ser hit. Já estão chamando atenção em palcos grandes.

Nota final (de 0 a 10): 

Dou um 8/10 — peso e groove equilibrados, composições maduras e parcerias certeiras. Pode até faltar um hit óbvio do tipo "fica na cabeça por dias", mas é um disco coeso, vibrante e bem trabalhado.

Monument honra o nome: é um marco na trajetória da Aurorawave e um presente para quem ama gêneros que quebram padrões. É o tipo de álbum que você ouve inteiro e depois volta pra ouvir de novo com mais atenção — porque cada faixa traz algo novo, uma camada escondida, uma rima certeira ou uma batida que te pega desprevenido. Seja pra curtir num fone, gritar no carro ou bater cabeça no show, esse disco tem seu espaço garantido na estante dos álbuns marcantes de 2025. E aí, vai erguer esse monumento também?

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