Em tempos de guerra, que haja paz - Joana D'arc

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10 outubro 2018

Em tempos de guerra, que haja paz


Algo que, perante os últimos acontecimentos políticos, a sociedade grita por é a amabilidade, é o abrir mãos de convicções a partir do momento que a nossa liberdade de expressão atinge ou entra em conflito com a liberdade do outro.
O terapeuta transpessoal João Gonsalves relata que, em tempos de eleição é fundamental nós termos consciência do quanto as pessoas, embora pensem diferente de nós, têm seus motivos para cada uma de suas escolhas. “Não temos nada de ninguém e ninguém nos deve nada, mas podemos escolher aceitar, compreender e respeitar”, comenta.
No momento onde a polarização está entre direita e esquerda é importante, para Gonsalves, lembrar que cada um tem seu ponto de vista baseado em suas crenças, no que ouviu dizer, no que sentiu, nas experiências que teve ao se deparar com pessoas que defendem um lado ou o outro.  
“O que deve reger esses momentos de conflitos ideológicos é o amor, pois somente ele tem a capacidade de aceitação abrangente e libertadora”, expõe o terapeuta. Segundo ele, a pratica do amor não inclui julgar a opinião do outro. “Como podemos viver em paz e aceitar e conviver com pessoas que pensam diferente de nós? Como conviver com pontos de vistas conflitantes?”, questiona.
“É através da amabilidade que desenvolvemos a compreensão, que se dá pela consciência de todas as facetas envolvidas do “outro” e de nossa parte. Precisamos, a partir dessa compreensão, ter a consciência de que a pessoa não está optando por uma politica para agredir o outro, pelo menos a nível consciente. Ela esta fazendo isso pensando na melhor solução baseado nas experiências dela”, defende Gonsalves.
O que é importante entendermos, com a fala do pesquisador, é que nós somos um conjunto e que cada um está tendo um ponto de atenção, cada um esta focado em uma questão que, aos olhos dele, lhe parece verdadeira e essencial. “Digamos que eu estou parado de costas para o sol e você de frente, nossas experiências, mesmo perto um do outro, são diferentes, pois são resultados da nossa posição e linha de observação. Para que eu consiga entender o que você vê, preciso me colocar, assim como você, de frente ao sol e você, para entender o que eu sinto, com o sol batendo em minhas costas, precisa se colocar em meu lugar”, explica. Logo, a partir dessa analogia, entendemos que, para nós termos uma maior flexibilidade e amabilidade, temos que começar por validar o ponto de vista do outro. É muito importante podermos nos colocar no lugar do outro: por que essa pessoa tem tanta dedicação a esse ponto de vista e, as vezes, do meu ponto de vista isso é tão nocivo porque traz muitos problemas? “É perceber que a pessoa esta dando ênfase a um aspecto”, comenta João.
“Cada um vê a partir do ponto de vista de que raciocina, aprende e sente: algumas pessoas defendem um ponto de vista porque alguém que elas amam defendem; têm alguém que quer fazer algo porque o pai fez ou porque a mãe lutou contra um sistema e essa pessoa diz os admiram e querem seguir os mesmos conceitos”, explica.
Cada um tem, por plena cidadania, o direito de defender seu ponto de vista, essa é a nossa liberdade de expressão garantida dentro de um país democrático. Por isso, João explica, a necessidade de termos essa essa compreensão e flexibilidade: “Poder entender o porque o outro pensa assim, o porque o outro esta agindo assim vai nos libertar daquela ofensa que as vezes nos sentimos nela, ao ver o outro pensar diferente de nós. A flexibilidade é a capacidade de olharmos diferentes perspectivas, diferentes pontos e saber que o ponto de vista do outro que pensa diferente de mim, da mesma forma que o meu, é valido a partir da perspectiva com que olhamos a situação”, finaliza.

Serviço: João Gonsalves

Terapeuta e Assessor de Autoconhecimento

Fone: (11) 98203-1215

E-mail: joaodedeusjd@uol.com.br


Endereço: Estrada Manoel Lages do Chão, 1335 - Cotia - São Paulo


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