Conheça os principais tipos de alergias - Joana D'arc

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05 julho 2016

Conheça os principais tipos de alergias


Olá!!
De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, 30% da população é alérgica – 20% são crianças. Com pré-disposição genética, consiste em reações anormais e específicas do organismo, uma vez sensibilizado por agente desencadeador. Dentre os tipos mais comuns, estão as respiratórias, principalmente rinite e asma, seguida das alergias de pele e alimentares.
“Ninguém nasce alérgico, mas com o sistema imunológico de um alérgico; trata-se de um sistema imune mais arredio, hipersensível, onde acaba se defendendo de algumas proteínas. Em geral, a sensibilização acontece na infância, mas pode acontecer na fase adulta”, explica o pediatra, imunologista e alergista Lucio Colamarino Cury, Diretor da Clínica Pediátrica Santa Isabella.
O especialista afirma que, após o diagnóstico, é fundamental evitar o contato com o alérgeno em questão, no caso das respiratórias é fundamental fazer a higiene do ambiente e no caso das alimentares excluir o alimento da dieta. O maior vilão e mais frequente alérgeno das alergias respiratórias são os ácaros que estão em maior número no colchão, travesseiro, sofás de tecido, que acabam por se misturar no pó doméstico. Portanto, quem desencadeia os sintomas não é o pó em si, e sim os acáros, epitéios de bichos ou bolores, por exemplo, que se misturam na poeira doméstica. A higiene do ambiente consiste basicamente em ter uma casa de fácil limpeza, de preferência que seja tudo limpo com pano úmido e detergente de coco, evitando o uso de produtos com cheiro forte que podem irritar o trato respiratório e piorar os sintomas.
“É na primeira infância que ocorrem as sensibilizações e o contato com os elementos deve ser evitado logo após o diagnóstico. Em casos de alergia a leite, os pais devem fazer uso de fórmulas lácteas especiais para alérgicos e estas devem ser indicadas pelo médico especialista. Vale lembrar que fórmulas sem lactose estão contraindicadas, pois o que se tirou deste leite foi o açúcar lactose e não a proteína, que continua na sua forma intacta. Já fórmulas hipoalergênicas (aquelas que possuem o termo H.A) são indicadas para prevenção, quando o recém-nascido precise de leite industrializado ou possua um irmão com alergia ao leite, evitando assim a sensibilização”, diz.

 Asma

 Estimativas globais da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que cerca de 235 milhões de pessoas tem asma. Doença respiratória crônica, caracteriza-se pela inflamação e obstrução das vias aéreas e dificuldade respiratórias. “É alergia ao ácaro”, define.
Tosse, sensação de sufocamento, sibilos ao respirar, dor ou pressão no peito, secreções, fadiga e falta de ar estão entre os sintomas comuns à patologia. Suas crises podem ser desencadeadas por diferentes fatores, tais como infecções virais; fumo de tabaco e industrial; cheiros; alterações climáticas; pelos de animais; polens; exercícios de risco; fármacos; emoções intensas; e refluxo gastroesofágico.
Os principais agentes causadores de alergias respiratórias são chamados de aeroalérgicos e destacam-se os polens de plantas, ácaros domésticos, pelos de animais e excrementos de baratas, por exemplo.

 Alergia alimentar

 Dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia apontam que 5% da população apresenta algum tipo de alergia alimentar. “Os casos mais frequentes no consultório são referentes às alergias à proteína do leite e do ovo, além das oleaginosas e dos frutos do mar”, explica Cury.
Quando o diagnóstico é realizado precocemente, o prognostico é melhor, como afirma o alergista: “O tratamento torna-se mais eficaz, uma vez que fazemos a exclusão total da proteína a qual apresenta alergia, com acompanhamento de nutricionista. Também ensinamos a ler rótulos de alimentos, pois existem termos genéricos que podem não ficar claros ao paciente”. 
Desta forma, após quatro anos, em média, volta a reintroduzir o alimento – desde que os exames apontem que os níveis dos anticorpos estão diminuindo, e o teste cutâneo seja negativo. A partir daí, o próximo passo é realizar teste de provocação oral, onde a primeira ingesta do alimento será feita em âmbito hospitalar sob supervisão do alergista. Caso o teste seja negativo, o paciente pode ser considerado curado.
“No caso do leite e do ovo, cerca de 90% dos quadros são revertidos, desde que sejam conduzidos corretamente. O que nunca se deve fazer é tentar introduzir "aos pouquinhos" como se costuma ver, isso pode fazer com que os níveis de anticorpos voltem a subir”, conclui.

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