Fazenda de óvulos na Geórgia chama atenção para medidas de segurança da FIV no Brasil - Joana D'arc

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13 março 2025

Fazenda de óvulos na Geórgia chama atenção para medidas de segurança da FIV no Brasil


Recentemente, a mídia internacional tem jogado luz sobre o caso em investigação de uma rede de tráfico humano estar envolvida na colheita de óvulos de mulheres tailandesas na Geórgia. As vítimas teriam sido levadas para uma espécie de “fazenda de óvulos”, com cerca de 70 mulheres. O escândalo chamou a atenção no Brasil, principalmente para as medidas de segurança adotadas no país com relação a fertilização in vitro (FIV). 


As investigações apontam que elas eram atraídas para o país através de uma gangue chinesa, que prometia que elas fariam no país a conhecida “barriga de aluguel”, que é permitida. Mas chegando no local, eram informadas sobre o procedimento de injeção de hormônios para posterior coleta de óvulos. 


Segundo o médico especialista em reprodução humana João Guilherme Grassi, o Brasil é um país que se destaca no quesito de segurança quando o assunto é reprodução assistida. “Nós temos o Conselho Federal de Medicina, o CFM, que conta com normas rigorosas para a realização da FIV. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária também atua ativamente na fiscalização das clínicas homologadas no país”.


A fertilização in vitro completa 41 anos de sua primeira realização no Brasil. Em 1984, a primeira bebê de proveta nascia no Paraná. Os últimos dados do relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões mostram que, em 2021, mais de 45 mil ciclos de FIV foram feitos no país. 


De acordo com a Anvisa, os dados desse relatório permitem realizar uma avaliação dos indicadores da qualidade dos centros de reprodução humana assistida no Brasil. “O procedimento é muito mais rigoroso no Brasil, quando comparado a outros países. Isso resulta em uma segurança elevada aos pacientes” - completa Grassi.

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