DESCOBRINDO OS MISTÉRIOS DA MORTE: O QUE SE PASSA NA SUA MENTE! - Joana D'arc

04 março 2025

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DESCOBRINDO OS MISTÉRIOS DA MORTE: O QUE SE PASSA NA SUA MENTE!

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A morte é a única certeza que todos os seres vivos compartilham, mas ainda sabemos muito pouco sobre o que realmente acontece nesse momento. Cientistas estão se dedicando a entender o que ocorre no cérebro durante a morte, e as descobertas são surpreendentes.


A morte não é o fim absoluto; o cérebro pode continuar ativo.

A atividade cerebral aumenta em momentos críticos, desafiando a definição tradicional de morte.

Pesquisas em humanos e animais revelam que neurotransmissores ligados ao prazer são liberados.

A frase "a única certeza da vida é a morte" é bem conhecida, mas o que realmente sabemos sobre esse fenômeno? A verdade é que, apesar de ser a única certeza que temos, a morte ainda é um mistério. Antigamente, a morte era definida pela parada do coração, mas com a ressuscitação cardiopulmonar (RCP), aprendemos que isso não é o fim. O cérebro passou a ser o órgão que determina se estamos vivos ou mortos, dependendo da atividade que apresenta.

E se a morte não fosse o fim? E se pudéssemos reanimar um cérebro que parece inativo? Essa ideia pode parecer estranha, mas muitos cientistas estão explorando essa possibilidade. O primeiro passo é entender o que acontece no cérebro quando morremos. Somente assim poderemos desenvolver métodos para atrasar ou até reverter a morte.

A neurocientista Dimo Borin, da Universidade de Michigan, tem se dedicado a esse estudo. Em suas pesquisas, ela observou que, em 2013, durante experimentos com ratos, dois deles morreram e, surpreendentemente, seus cérebros não se desligaram. Em vez disso, liberaram grandes quantidades de serotonina, um neurotransmissor associado ao prazer. Isso a levou a questionar se os animais poderiam ter experimentado alucinações durante o processo.

Borin revisou a literatura médica e percebeu que havia uma falta de estudos sobre o que acontece no cérebro durante a morte. Ela descobriu que a definição de morte clínica ainda se baseava na parada do coração, mas a RCP mostrou que a morte não é tão simples assim. A morte passou a ser associada à falta de atividade cerebral, levando à definição de morte cerebral.

Surpreendentemente, Borin e sua equipe descobriram que, ao contrário do que se pensava, o cérebro aumenta sua atividade na hora da morte. Em um novo estudo, eles observaram que os níveis de serotonina e dopamina aumentaram drasticamente quando os ratos deixaram de receber oxigênio. Isso indicou que algo inédito estava acontecendo.

Em 2015, a equipe repetiu o estudo e confirmou os resultados. Agora, a próxima etapa era observar se esses resultados se aplicavam aos humanos. No entanto, conduzir pesquisas em humanos é complicado. Para isso, a equipe usou eletrodos para medir a atividade elétrica do cérebro em pacientes que estavam em estado terminal.

Eles conseguiram acompanhar quatro casos em que os pacientes estavam em morte clínica. Os resultados foram impressionantes: 50% dos pacientes mostraram alta atividade cerebral após a parada do oxigênio. Ondas gama, que estão ligadas ao processamento de informações e memórias, foram detectadas, especialmente em áreas do cérebro associadas à consciência e percepção.

Outro estudo, conduzido por Sam Parnia, também investigou a consciência durante a morte. Ele coletou dados de 25 hospitais e descobriu que muitos pacientes relataram estar conscientes durante a ressuscitação. Isso sugere que a experiência de quase morte pode ser real e não apenas uma alucinação.

Os pesquisadores notaram que as ondas cerebrais durante a morte clínica incluíam picos de várias frequências, indicando que os pacientes poderiam estar revisitando momentos de suas vidas. Isso levanta a questão: por que o cérebro se torna tão ativo na hora da morte? Existem duas hipóteses principais: a primeira sugere que essa hiperatividade é um mecanismo de proteção, enquanto a segunda acredita que é uma forma de aliviar o sofrimento.

Essas descobertas são promissoras. Há apenas 60 anos, pensávamos que a morte era o fim absoluto. Agora, estamos começando a entender que a morte pode ser mais complexa do que imaginávamos. Se a hiperatividade cerebral durante a morte clínica for uma pista para reverter a morte cerebral, isso poderia revolucionar a medicina. Quem sabe, no futuro, poderemos salvar vidas que antes considerávamos perdidas.

A ciência está avançando, e as respostas podem estar mais próximas do que pensamos.

Fique atento, pois o que estamos descobrindo pode mudar tudo!

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