Médico explica como distúrbio respiratório pode afetar saúde cardiovascular e destaca hábitos preventivos
São Paulo, setembro de 2024 - Recentemente, o técnico de futebol Tite sofreu um episódio de fibrilação atrial (FA), condição caracterizada por batimentos cardíacos irregulares, que afeta 175 milhões de pessoas no mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. O acontecimento trouxe à tona uma preocupação crescente sobre como a FA está ligada a um problema menos visível, mas igualmente perigoso: a apneia obstrutiva do sono (AOS).
O distúrbio respiratório bloqueia as vias aéreas e dificulta a respiração durante o sono. Segundo estudo da Biologix, healthtech brasileira especializada em medicina do sono, a prevalência cresce com a idade. Pelo menos 36,6% das mulheres e 38,2% dos homens, nas faixas etárias 50-60, apresentam grau de apneia leve. Ainda, 14,3% do público feminino e 20,3% do masculino possuem grau moderado.
Pesquisas recentes sugerem a relação entre as duas patologias. Conforme o artigo intitulado "Associações da apneia obstrutiva do sono com fibrilação atrial e tratamento com pressão positiva contínua nas vias aéreas", a prevalência de FA em pacientes com AOS é maior do que na população geral, chegando a 4,8% em comparação com 0,9%.
O pneumologista e Diretor Médico da Biologix, Dr. Geraldo Lorenzi, explica que a apneia do sono pode causar alterações cardiovasculares que promovem a fibrilação atrial: “Durante episódios de apneia, ocorrem hipoventilação e hipoxemia, aumentando a pressão arterial pulmonar e sobrecarregando as câmaras cardíacas direitas. Isso pode levar à dilatação do átrio direito e à desorganização das vias de condução atriais, resultando em FA”.
O especialista destaca que, além de aumentar o risco de fibrilação atrial, a apneia do sono também pode dificultar o tratamento da condição: "A presença da apneia do sono pode complicar a resposta ao tratamento antiarrítmico e ao controle da frequência cardíaca. A detecção precoce e tratamento eficaz são essenciais para melhorar a qualidade de vida e prevenir complicações de saúde mais graves”.
Dr. Lorenzi destaca hábitos para prevenir e diminuir o risco de fibrilação atrial.
Tratamento da apneia do sono: Em caso de sintomas como ronco alto, pausas da respiração durante o sono ou fadiga diurna, busque avaliação e tratamento. O uso de CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) ou outras terapias recomendadas por um especialista pode ajudar a melhorar a qualidade do sono e reduzir o risco de FA.
Exercícios regulares: A prática regular de atividades físicas ajuda a manter o coração saudável. Recomenda-se fazer pelo menos 150 minutos de exercício moderado ou 75 minutos de exercício intenso por semana. Consulte um especialista para escolher atividades apropriadas e evitar exercícios extenuantes que possam, em alguns casos, desencadear a FA.
Controle de fatores de risco: Monitore a pressão arterial regularmente e siga as orientações do seu médico para mantê-la em níveis saudáveis. O excesso de peso também pode aumentar o risco de fibrilação atrial. Portanto, mantenha o peso saudável por meio de uma alimentação balanceada e exercícios.
Sobre a Biologix
A Biologix é uma healthtech brasileira especializada em medicina do sono. Fundamentada em uma base científica sólida, a empresa integra tecnologias de ponta, como medical devices, IoT, inteligência artificial, aplicativos móveis e computação na nuvem, proporcionando aos profissionais de saúde uma ferramenta inovadora, precisa e acessível para diagnóstico de apneia do sono. O Exame do Sono Biologix tem validação clínica no InCor - Instituto do Coração do HCFMUSP, um dos principais centros de referência em cardiologia no Brasil, e recebeu certificação dos principais órgãos regulatórios do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário