Ponte dos Espiões - Joana D'arc

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28 julho 2016

Ponte dos Espiões


Neste filme do aclamado diretor Steven Spielberg, Tom Hanks, um advogado de seguros que há anos não atua na área criminal é convocado para defender um espião soviético durante a Guerra fria, período histórico de disputas estratégicas e conflitos indiretos entre Estados Unidos e a União Soviética. Apesar de ter durado anos, foi uma guerra mais ideológica do que física e envolveu muitos serviços secretos para descobrirem que segredos e estratégias cada país e cada detetive particular estavam planejando.
Sendo assim, o filme foi baseado em fatos reais e mostra que, naquele tempo, qualquer informação poderia mudar tudo. Ponte dos espiões é também muito didático, já que explica de modo simples as principais características do conflito dos Estados Unidos com a União Soviética para as pessoas compreenderem o risco de ter um espião inimigo em suas terras. Peças fundamentais da história são apresentadas na trama, como o muro de Berlin na Alemanha, o clima de tensão entre Estados Unidos e a União Soviética, o incidente do avião norte americano U-2 e como ele foi construído, entre outros.
A ambientação do filme foi tão bem produzida, que é difícil acreditar que foi filmado em tempos atuais. Os locais por onde a produção passa são Nova Iorque, Alemanha e Polônia, lugares onde os fatos históricos aconteceram realmente. Ponte dos espiões teve seis indicações ao Oscar, incluindo melhor filme, melhor roteiro original, melhor direção de arte, melhor trilha sonora, melhor mixagem de som, e por fim, foi vencedor na categoria de melhor ator coadjuvante pela incrível atuação de Mark Rylance.
O filme apresenta noções complexas como soberania nacional e crise do patriotismo. A trama fica polêmica quando um espião americano é preso na União Soviética e, o que era uma defesa, vira uma questão de troca de prisioneiros. Ao mesmo tempo, os países desprezam esses homens por terem falhado em suas missões, já que foram descobertos e sob pressão, podem entregar informações confidenciais ao inimigo. Ponte dos espiões adota um discurso político e humanizado, onde o advogado é um defensor dos direitos humanos. Mostra também superar preconceitos e ir contra
o sentimento vingativo dos americanos para apresentar uma defesa onde mostra o espião como um ser humano e não apenas como um inimigo.
O filme é uma boa pedida para quem adora histórias de espiões e detetives, faz com que o público se apegue aos personagens e é provido de atuações incríveis e filmagem impressionante, além do seu vínculo com a história do mundo. A trama prende o público e faz com que reflitam sobre preconceitos e conceitos sociais, além de mostrar fatos da lei e dos direitos humanos. Se você gosta de filmes que façam pensar e são providos de um leve suspense, ótimo roteiro e direção de um renomado cineasta, Ponte dos Espiões é a escolha certa.

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