Entrevista com Isis Anils - Joana D'arc

Destaques

29 outubro 2011

Entrevista com Isis Anils



1-Qual seu nome e sua data de nascimento?

Nome: Anelise / Pseudônimo: Isis de Anils.
Data de nascimento: 10/02/1982

2-Qual sua cidade natal?
Brasília.

3-Qual sua musica predileta?


Nossa, são tantas! E tudo da geração passada... Ah, vou citar uma que se ouvirmos agora, a letra continua atualizada: Brasil – composição de Cazuza, Nilo Roméro e George Israel.

4-Qual sua cor preferida?


Anil.


5-O que gosta de fazer para se divertir?


Assistir um bom filme, filosofar com alguém, inventar canções, entrar em contato com a natureza e fazer turismo pela cidade.

6-Qual seu escrito favorito?


'Bhagavd Gita' (A Sublime Canção). Queria citar também o livro de Carl Gustav Jung, “O homem e seus símbolos” e “O poder do mito” de Joseph Campbell. Doubleday, 1964 - Psychology - 320 pages

7-Se você fosse um poema, qual seria e porque?
Eu seria o poema intitulado “Viver” de Mário Quintana que diz: “Quem nunca quis morrer, não sabe o que é viver, não sabe que viver é abrir uma janela. E pássaros pássaros sairão por ela. E hipocampos fosforescentes. Medusas translúcidas Radiadas Estrelas-do-mar... Ah, Viver é sair de repente do fundo do mar
E voar...e voar... cada vez para mais alto. Como depois de se morrer!”
Eu seria esse poema, pois a vida é uma evolução das mais passageiras pra gente ficar preso a coisas por muito tempo. Além disso, eu adoro a liberdade! Não quero prender ninguém e não quero ficar presa. Se eu pudesse soltaria os pássaros que ficam nas gaiolas e tiraria os animais do zoológico. No mais, tiveram coisas na minha vida que não deram muito certo, por isso, nessa nova etapa estou aprendendo a recomeçar.

8-Você é bastante jovem, você se vê como escritora no futuro?


Já tenho material pronto, mas não encontro oportunidades no Brasil. Também tenho roteiros para curta-metragem e me interesso muito por histórias em quadrinhos. Já me falaram que meus escritos fariam mais o estilo norte-americano. Por isso, ainda quero me aventurar no exterior. Vamos, D’Arc?

9-Toda profissão tem seus desafios, como você vê os seus como escritora?


É um prazer mental que exige muito do cérebro. É preciso ter muito fosfato. Você tem que reservar uma boa parte do tempo para se dedicar à escrita, revisar o que fez quantas vezes forem necessárias. Além disso, você precisa se isolar do mundo para se concentrar e observá-lo de fora, mas a pessoa que mora contigo pode não gostar e se sentir mais só que você. Aí, depois de todo o trabalho, você manda para várias editoras, fica na expectativa e não obtêm a resposta desejada. Você tem a opção de publicar seus livros de modo independente, que não é barato, ou contratar um agente literário, o que também não é barato, além de não ser 100% garantido. Se não tem condições financeiras, publica em um site ou fica como eu: guarda o material na gaveta, faz um blog e continua escrevendo, praticando... O universo vai conspirar!

10-Dilma Roussef,a primeira mulher presidente do Brasil, como você avalia o governo dela?


A corrupção transborda e Dilma tenta fazer uma faxina em alguns setores do governo envolvidos em irregularidades e mau uso do dinheiro público, e ela ainda me faz de forma incompleta! O mais curioso é que todos os demitidos foram herdados da gestão passada, ou seja, do mesmo partido da nossa atual presidenta. Mais incrível ainda é que Dilma está tendo a aprovação de 71% dos eleitores, ao mesmo tempo em que a corrupção é o assunto mais lembrado pelos mesmos que a aprovam. Mas o que dizer de um país que tem suas verbas para a educação cortadas e o orçamento para o Bolsa-família aumentado? O governo Dilma, em relação ao anterior, continua com a mesma visão primitivista, pois se acredita que o progresso significa manter mais da metade da população brasileira recebendo incentivo para continuar sem emprego, sem dignidade. Dar esmola é fácil demais! Quero ver alguém que consiga valorizar o indivíduo, dar a oportunidade dele se realizar como ser humano, tirá-lo da dependência! Isso seria combater a pobreza, ou melhor, a Indústria da Pobreza.
Agora estou a pensar que é a primeira vez que uma mulher presidia o Brasil. É mais um avanço feminino na nossa política brasileira. E de pensar que houve um tempo em que não era dado o direito de voto às mulheres! Se de fato Dilma conseguir honrar as mulheres brasileiras tal como prometeu, se ela conseguir avançar nas áreas que os “homens” não deram conta, haverá uma grande mudança de consciência.


11-Na sua opinião,qual é a alternativa para acabar com a desigualdade?


Olha, esse assunto é complexo demais para nossa realidade selvagem, e os governantes não querem chegar à raiz do problema, preferem não investir em uma educação de qualidade para evitar que o povo reflita. Mas a desigualdade é fruto de um longo período de descaso e conformismo de toda sociedade. O que ainda não se compreende é que a má distribuição de renda mais cedo ou mais tarde irá afetar a todos da pirâmide. Ela gera luta entre as classes, o aumento da violência e até a degradação ambiental com a criação de favelas ao redor das cidades, que não conseguem abrigar a todos, prejudicando a qualidade de vida de toda a população. Para melhorar a má distribuição de renda, os políticos devem colocar o público acima do privado, mas tendo como base um planejamento familiar consciente em todas as classes da sociedade, ou seja, fazer um controle de natalidade, organizando também a educação, valorizando o trabalho do professor, a saúde, garantindo emprego que propicie aumento de salários e renda, e não criar programas assistencialistas e hipócritas que só incentivam a dependência e, indiretamente, a produção de filhos. Por isso, pobre precisa estudar para não ser enganado e explorado.

12-Os leitores e eu, queremos saber, se você vive ou viveu um grande amor?


Alguns amores passageiros, mas ainda nenhum grande amor nesse sentido... Mas nunca desisto do amor, vou procurando outras formas de amar. Quero expandir, cada vez mais, o amor que eu sei que tenho por esse Planeta.

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