Esqueça a imagem do rosé como bebida exclusiva para dias de sol e piscina. O vinho rosado, cada vez mais valorizado por consumidores e sommeliers, também tem seu lugar garantido nas taças durante o inverno. A versatilidade gastronômica e a variedade de estilos fazem dele uma escolha elegante, inclusive para acompanhar pratos mais complexos da estação mais fria do ano.
“O rosé pode (e deve) ser apreciado o ano todo. Embora refrescante e ideal para climas quentes, há estilos mais estruturados e gastronômicos que funcionam muito bem com temperaturas mais baixas”, afirma Diego Ventura, coordenador da Escola de Vinho do WOW (World of Wine), complexo cultural e enogastronômico localizado em Vila Nova de Gaia, região do Porto, em Portugal.
Como é feito o rosé
Ao contrário do que muitos pensam, o rosé não é uma mistura de vinho tinto com branco , - prática, aliás, proibida na Europa para rótulos de qualidade. A técnica mais comum é a curta maceração: as cascas das uvas tintas permanecem em contato com o mosto por poucas horas, apenas o suficiente para conferir a coloração rosada e algumas notas aromáticas.
Outra técnica é a sangria, quando parte do suco é retirada durante a fermentação de um tinto, gerando um rosé com maior concentração. “Uma boa forma de aprender sobre os métodos de produção é visitar o museu Pink Palace, no WOW, e participar de uma prova/workshop na The Wine School”, sugere Ventura.
Uvas e terroirs que fazem a diferença
Grenache, Syrah, Mourvèdre, Cinsault, Tempranillo e Pinot Noir estão entre as castas mais usadas na produção dos rosés. Segundo Ventura, não existe uma uva ideal: tudo depende do estilo que se deseja alcançar. “O terroir impacta diretamente o estilo do rosé. Climas mais quentes tendem a gerar vinhos mais frutados e encorpados; já climas mais frescos produzem rosés mais delicados, com acidez mais marcada.”
Como servir (e com o que harmonizar)
A temperatura ideal para servir o vinho varia entre 8 °C e 12 °C, dependendo do estilo. Os mais leves devem ser servidos mais frios, enquanto os encorpados suportam alguns graus a mais, o que ajuda a evidenciar aromas e estrutura.
Na mesa, rosés leves combinam com saladas, peixes, frutos do mar, pratos orientais e comida japonesa. Já os mais intensos vão bem com culinária mediterrânea, embutidos, aves grelhadas, cozinha asiática picante e até carnes vermelhas magras. O rosé é muito versátil à mesa.
Para além do verão
Versátil, refrescante e elegante, o rosé tem conquistado novos espaços, inclusive nas adegas de inverno. “O segredo está em escolher o rosé certo para a ocasião certa. Há estilos para todos os momentos, todas as temperaturas e todos os paladares”, finaliza o especialista.
Para conhecer mais sobre o WOW acesse o site https://wow.pt/
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