Diagnóstico precoce pode salvar vidas — especialmente na gravidez e na prevenção de trombose
A palavra "trombofilia" pode soar distante para muitas pessoas, mas a condição — caracterizada pela tendência aumentada de formar coágulos sanguíneos — é mais comum do que parece e pode ter consequências graves se não for identificada a tempo. Segundo a ginecologista Dra. Renata Moedim e o cirurgião vascular Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, conhecer os sinais e fazer a investigação correta pode ser decisivo para evitar problemas como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e complicações gestacionais.
“A trombofilia pode ser hereditária ou adquirida. Muitas vezes, a primeira manifestação acontece em situações de maior risco, como gravidez, uso de anticoncepcionais hormonais, pós-operatórios ou longas viagens”, explica o Dr. Caio Focássio. Pessoas que já tiveram episódios de trombose em idade jovem, história familiar de trombose ou abortos recorrentes merecem atenção especial.
No contexto da saúde da mulher, a preocupação é ainda maior. “A gravidez por si só já é um estado pró-trombótico natural, e quando a mulher tem uma trombofilia não diagnosticada, o risco de complicações como pré-eclâmpsia, restrição de crescimento fetal, abortamento e parto prematuro aumenta consideravelmente”, alerta a Dra. Renata Moedim.
Segundo os especialistas, o rastreamento para trombofilia deve ser considerado em casos como:
- Histórico pessoal ou familiar de trombose antes dos 50 anos.
- Abortos espontâneos de repetição ou perda fetal tardia.
- Complicações obstétricas como pré-eclâmpsia grave ou descolamento prematuro da placenta.
- Mulheres que pretendem usar pílula anticoncepcional e têm histórico familiar sugestivo.
- Pacientes que sofreram trombose sem fatores de risco aparentes (como trauma ou cirurgia recente).
Os especialistas afirmam que a investigação envolve exames de sangue específicos que avaliam mutações genéticas (como Fator V de Leiden, mutação da protrombina), deficiência de proteínas anticoagulantes naturais (proteína C, proteína S, antitrombina III) e presença de anticorpos antifosfolípides.
Uma vez diagnosticada a trombofilia, o tratamento é individualizado. Pode incluir uso de anticoagulantes em situações específicas — como durante a gestação, no pós-parto, em viagens longas ou antes de cirurgias.
“Em mulheres grávidas, o uso de anticoagulantes de forma preventiva pode ser essencial para garantir uma gestação segura”, afirma Dra. Renata Moedim. Já o Dr. Caio Focássio reforça que, fora da gestação, é fundamental orientar o paciente sobre sinais de alerta, como inchaço súbito nas pernas, dor, vermelhidão ou falta de ar, que podem indicar formação de coágulos.
A trombofilia é silenciosa, mas suas consequências podem ser graves. “Diagnosticar e tratar de forma adequada salva vidas e evita danos irreversíveis”, reforçam os especialistas. Quem tem fatores de risco ou histórico familiar deve conversar com seu médico sobre a possibilidade de investigação.
Mais informações:
Mayra Barreto Cinel – MBC Comunicação
Assessoria de Imprensa
(11) 9.9986-8058
FONTES:
Dr. Caio Focássio
Cirurgião vascular formado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten – Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.
Dra. Renata Moedim ginecologista
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Residência médica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de 2001 a 2003
Título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia pela FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia)
Oncologia Pélvica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) de 2004 a 2005
Membro da Sociedade Europeia de Estética Íntima
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