Na década de 1970, o colorido era intenso e presente tanto na marcenaria, revestimentos e eletrodomésticos. Hoje, sua presença é realizada sob medida e zelando pelo equilíbrio, conforme essa cozinha realizada pelo arquiteto Bruno Moraes. Com a predominância do branco na bancada e na marcenaria dos armários, a cerâmica azul, com detalhes em branco e preto, introduziu uma nova identidade na arquitetura de interiores | Projeto BMA Studio| Foto: Guilherme Pucci
As cores são responsáveis por proporcionar diferentes sensações nos ambientes. Do aconchego à alegria, cada paleta entrega ao décor a sua sintonia e significado. Em décadas passadas – nos idos de 1970 –, as cozinhas também se destacavam pelas tons fortes, inclusive nos eletrodomésticos, mas depois de explorada por muito tempo, a atmosfera clean voltou a reinar, como se as outras propostas do círculo cromático não pudessem mais marcar presença nesse ambiente.
Em uma releitura, ela, que é um coração pulsante das casas, voltou a se destacar pela ousadia de tonalidades que fazem bem no dia a dia e contagia os moradores. Ao ser repaginada, ressignificar o uso nas cores nas cozinhas veio acompanhado pelo equilíbrio, como estratégia para conter um grande medo: o de enjoar. “Em tempos passados, a intensidade era a tônica das cores nos projetos, mas hoje a proposta não é a de pesar, mas sim de trazê-las sob medida, com um ‘que’ de descrição e vivacidade”, analisa o arquiteto Bruno Moraes, à frente do BMA Studio. De acordo com ele, o entendimento é simples: se as paredes receberem revestimentos de tons intensos, os móveis seguirão uma linha mais neutra, com uma paleta mais clara ou tons de amadeirado. “Ou vice-versa”, complementa.
Acompanhe o raciocínio compartilhado por Bruno Moraes para os projetos de cozinhas coloridas:
A inserção no décor
Como ponto de partida, o profissional afirma que é necessário quebrar o paradigma do medo que ainda paira sobre cozinhas coloridas. “O receio é recorrente e compreensível. Por isso, sempre ressaltamos para nossos clientes que, antes de inseri-las, fazemos um estudo para entender as cores que combinam com aquele estilo de projeto. O caminho é acompanhar as orientações do círculo cromático e as indicações existentes dentro da psicologia das cores, principalmente para esse espaço”, orienta.
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