A estação mais quente do ano coincide com o período de festas e férias escolares. Dessa forma, nada mais natural do que muitas famílias viajarem para a praia nessa época para curtirem o verão. Só que a diversão, para ser completa, precisa de precaução! Em especial quando se trata dos raios ultravioletas do sol, que queimam a pele e podem causar câncer de pele - neoplasia mais frequente no Brasil e no mundo. Acontece quando as células desse órgão se multiplicam sem controle. Apesar de ser mais comum em adultos a partir dos 40 anos, a média de idade de pacientes com câncer de pele está diminuindo devido à constante exposição de jovens aos raios solares.
"O câncer de pele é o mais comum no Brasil, sendo responsável por 30% dos tumores malignos registrados por aqui. Ele aparece em homens e mulheres de todas as etnias e até idades, sendo mais raro em crianças", conta a Dra. Daniela Leal, médica dermatologista da capital paulista. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), cerca de 180 mil novos casos são registrados anualmente.
A doença está dividida em três tipos:
- carcinoma basocelular -- mais comum e menos agressivo;
- carcinoma epidermoide;
- melanoma, o mais agressivo e potencialmente fatal.
"O câncer de pele não-melanoma tem alto potencial de cura se for detectado precocemente. Para todos os tipos de tumor, a prevenção é o uso de protetor solar diariamente", lembra a médica.
E, você entende como esses produtos funcionam?
Pra começar, Dra. Daniela conta que a pele demora de dois a três dias para produzir e liberar a melanina, substância que dá cor à pele e a protege. Por isso, mesmo com o uso de protetor solar, é possível ganhar aquele bronzeado tão desejado. "A melanina é como um fotoprotetor natural do organismo, mas ele não dispensa o uso do cosmético. Não tem o mesmo poder de ação de repelir os raios ultravioleta", destaca.
Os filtros solares também podem ser físicos, formando uma barreira, como as roupas com tecido inteligente que refletem a radiação solar e os cosméticos; ou químicos, com óxido de zinco e dióxido de titânio ou ferro, que causam reação química na cútis para proteger do sol.
"Recomendamos sempre o uso de, no mínimo, FPS 30. Acima desse número, a variação de fotoproteção é pequena. O que muda é que o produto com maior FPS tende a ter mais estabilidade, a ficar mais tempo na pele, sendo melhor para crianças e para quem vai se expor ao ar livre por um período prolongado", ensina a Dra. Daniela.
Pessoas de pele negra também precisam de proteção solar, mas podem optar por um FPS um pouco mais baixo. A medida ideal do produto a ser usada é de uma colher de chá para cada parte do corpo, reaplicando em caso de suor excessivo, banhos de mar ou piscina e a cada três horas.
"Os fotoprotetores orais aumentam a resistência da pele, mas não substituem os protetores solares. Da mesma forma que alimentos carotenoides, como abóbora, cenoura, maçã, mamão e beterraba ajudam a prevenir danos, mas não dispensam o uso do cosmético. São apenas auxiliares da fotoproteção."
A dermatologista lembra que 75% da radiação acumulada na vida ocorre nos primeiros 20 anos de vida. Por isso, as crianças precisam de atenção especial. Bebês menores de seis meses não podem usar protetor solar, mas podem usar roupinhas que protegem dos efeitos nocivos do sol.
"Chapéu também é importante, pois o câncer de pele pode aparecer também no couro cabeludo", ressalta Dra. Daniela.
Sobre Dra. Daniela Leal Dermatologista
Daniela Filgueiras Leal Rossi é médica pela Faculdade Estadual de Medicina de Marília (FAMEMA).
É membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e especialista pela Associação Médica Brasileira(AMB); Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia; e da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, filiada à U.I.M.E (Union Internationale de Médecine Esthétique).
Ministra, desde 2012, cursos exclusivos para médicos na área de Cosmiatria, Preenchimentos faciais, Bioestimuladores e Toxina Botulínica.
Créditos para Imprensa
Dra. Daniela Leal Dermatologista
@clinicaleal
Nenhum comentário:
Postar um comentário